ESTERÓIDES ANABOLIZANTES ANDRÓGENOS-(EAA)- Efeitos colaterais
- uroandrologia
- 21 de jan.
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Atualizado: 27 de jan.

Ultimamente tem sido observado um aumento do consumo dos EAA por pessoas que desejam melhorar o desempenho atlético ou a estética corporal. É importante ressaltar a distinção entre terapia de reposição da testosterona (TRT) para hipogonadismo (taxas abaixo do normal de testosterona) e o uso de EAA em dosagens elevadas para alcançar efeitos acima mencionados em indivíduos eugonadais (com níveis normais de testosterona). É sabido que o uso crônico em altas doses de EAA pode causar danos permanentes ou potencialmente fatais em diversos sistemas do organismo. Infelizmente, algumas pessoas não querem parar de usar EAA, mesmo sabendo que podem ocorrer efeitos colaterais. Nesse cenário, cabe ao urologista dar a oportunidade de oferecer aconselhamento e informações sobre os efeitos nocivos, tais como: 1. Infertilidade= temporária com risco de se tornar definitiva; 2. Eritrócitose= aumento da concentração de globulos vermelhos; 3. Dislipidemia= é uma síndrome que caracteriza-se pelo aumento de gorduras no sangue, colesterol, triglicerídeos; 4. Eventos cardiovasculares= aumento do risco de AVC (derrame cerebral) e infarto do miocárdio. Alguns homens podem estar dispostos a interromper gradualmente o uso de EAA. Nesses casos, pode-se administrar um protocolo específico com o propósito de proporcionar uma redução gradual escalonada, na tentativa de regularizar o eixo-hipotálamo-hipófise (HHG) e consequentemente, voltar a aumentar a testosterona intratesticular (natural). Com isso, o paciente evitará sofrer os sintomas graves de abstinência de EAA como fadiga, depressão, irritabilidade e sonolênica.
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Referência: Condutas Práticas em Urologia - Terapia de Reposição de Testosterona- 2023 - Sociedade Brasileira de Urologia-São Paulo, CREMERS- 26/06/2024- Fórum “Esteroides anabolizantes para fins estéticos: um problema de saúde pública”
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